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PESQUISA MAPEIA O ALEITAMENTO MATERNO NO BRASIL

Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil apresenta dados preliminares sobre amamentação 

As mães brasileiras amamentam seus filhos por mais tempo e com mais qualidade. Esse é o principal resultado apresentado pelo Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (ENANI) em relatório preliminar de indicadores de aleitamento materno no Brasil. É possível observar aumento de mais de 12 vezes da prevalência de amamentação exclusiva entre crianças menores de quatro meses, em relação a 1986, saindo de 4,7% para 60%. Já entre os menores de seis meses, aumentou 42,8 pontos percentuais, passando de 2,9% para 45,7%, nesses 34 anos, o que corresponde a um incremento de cerca de 1,2% ao ano.

O coordenador nacional do ENANI e pesquisador da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Gilberto Kac, ressalta que os números apontam que a licença-maternidade de quatro meses ajudou a aumentar o percentual de crianças alimentadas exclusivamente com o leite materno até essa idade.

“É possível observar a importância da licença-maternidade na melhora dos resultados. 60% das crianças brasileiras são amamentadas exclusivamente até quatro meses, período da licença, mas a prevalência cai para 45% quando analisamos dados até seis meses, idade recomendada para aleitamento exclusivo pela Organização Mundial da Saúde (OMS)”, destaca.

Além da licença-maternidade, que em 1986 era de apenas 84 dias, outros pontos históricos podem ter influenciado na ampliação do aleitamento materno no Brasil, como alguns programas, como o Empresa Cidadã, que amplia a licença para seis meses e conta com mais de 22 mil empresas; órgãos públicos que oferecem o mesmo para suas servidoras; e salas de apoio à amamentação nos locais de trabalho. Outra questão que influencia é a regulação de propagandas de substitutos da amamentação.

Sobre o ENANI

O Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (ENANI), pesquisa inédita no Brasil, realizada pela UFRJ e encomendada pelo Ministério da Saúde, coletou dados em visitas domiciliares em 15 mil casas em todos os estados do país, além do Distrito federal. O inquérito coletou informações detalhadas sobre hábitos alimentares, peso e altura de crianças de até cinco anos e realizou exame de sangue nos participantes com mais de seis meses de vida.

Pela primeira vez, dados sobre o crescimento e o desenvolvimento infantil e o mapeamento sanguíneo de 12 micronutrientes, como os minerais zinco e selênio e vitaminas do complexo B, foram investigados em todo o território nacional. Informações sobre amamentação, doação de leite humano, consumo de suplementos de vitaminas e minerais, habilidades culinárias, ambiente alimentar e condições sociais da família também foram pesquisadas.

Relatórios sobre todos os resultados do ENANI serão divulgados no site do estudo (https://enani.nutricao.ufrj.br) e em seminários on-line.

ATENDIMENTO À IMPRENSA
Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (ENANI)
Assessoria de Comunicação
Bel Levy – 21 97240 4488
enani.comunica@gmail.com

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